terça-feira, 7 de abril de 2009

O tempo sempre muda

Eram cinco horas da manhã quando acordei. Tão cedo né? É... tenho uma meta a cumprir e em breve não será um segredo. Essas primeiras horas do dia sempre reservam boas surpresas. Você já parou pra pensar que logo de manhã cedo, você está menos sensível e mais racional? As idéias fluem melhor e tudo o que é relacionado a atividade intelectual você faz melhor, ainda que esteja meio sonolento. Você não quer falar com ninguém e seus pensamentos estão longe das atividades estressantes do dia a dia e de pessoas que estão lhe (dando trabalho) parecendo difíceis de conquistar.
Então fui escrever algumas páginas do meu livro e depois fazer uns exercícios, tomar banho e café.
Seis da manhã. Estava saindo para ir ao trabalho e chegar cedo para fazer tarefas pendentes, mas tinha uma nuvem negra vindo de algum ponto do leste da cidade e parecia um dia de chuva dum outono qualquer curitibano. Aquelas nuvens densas e uma neblina intensa.
Cheguei ao trabalho pouco antes da tempestade desabar e fiquei pensando nas primeiras horas, que às vezes tudo parece assim: nublado, chuvoso e frustrante. Você não consegue ver uma saída e a chuva caindo parece pesadas lágrimas na terra dos seus sonhos.
É aquela pessoa que você acreditava amar pra sempre e te machucou, ou aquele amor fogo-cruzado, que os sentimentos não foram recíprocos no tempo certo.
É ainda aquele momento triste, onde você percebe que as pessoas só estão à sua volta por algum interesse, ou ainda quando você se sente sozinho no mundo e com um céu cheio de estrelas ara contemplar sozinho, sem ter alguém por perto.
É quando se perde aquele emprego que te permitia traçar planos, ou o fracasso naquela prova.
Foi pensando nessas coisas, que eu me lembrei do que uma garota me perguntou no segundo dia deste ano: Por que você não está namorando? Por que está sozinho? Está esperando a princesa encantada?
Pensei um pouco e respondi a ela: Eu nã sei.
Nada de clichês do tipo: Falta aparecer alguém legal, inteligente, bonita. Nada disso. Apenas não sabia dizer.
Estou no meio de uma chuva de minhas próprias lágrimas, uma chuva ácida que enferruja alguns de meus sentimentos mas faz de mim cada dia mais forte. Sei que em breve o sol vai brilhar, como neste dia, Vi o sol brilhar da janela de minha sala e os pássaros voaram para algum lugar. Eles levaram minhas tristezas e precupações, eles não pensam no futuro, mas enfrentam todas as adversidades.
Os pássaros também levarão embora suas tristezas, quando essa chuva de lágrimas que cai do céu azul, da verde folhagem e da noite escura de seus olhos passar. E o sol também irá brilhar, em algum momento pra você, pra mim e para todos nós.

Um comentário:

Bruno Souza FMF disse...

Eae Aldryn estou dando uma olhada no seu blog. Bem legal, gostei dos seus pensamentos sobre acontecimentos diários, rotineiros mas que escondem muito significado por trás da simplicidade.

Um abraço